Evento gratuito, online
12/07/25 - 08h às 16h

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Cronograma

08:00 - 09:00
Do Boom ao Burnout: quem e está adoecendo no campo da ABA e porquê?

Dr. Mateus Brasileiro
Dra. Marilu Borba (BCBA)
e convidados

 

 

Quais sintomas de adoecimento você vê (ou vive) no seu papel hoje?
O que precisamos sustentar como rede para que ninguém precise segurar tudo sozinho?”

 

09:00 - 10:00
A ABA que conhecemos está morrendo? Um momento para discutir o nosso modelo de serviço.

Dra. Carolina Vieira (BCBA)
e convidados

A expansão dos serviços em ABA nas últimas décadas trouxe ganhos, mas também efeitos colaterais importantes: excesso de protocolos, desgaste profissional, burocratização e distanciamento da análise. Essa mesa propõe uma análise direta do modelo de serviço que construímos até aqui. O que estamos sustentando? Quais práticas seguem fazendo sentido? O que precisa ser transformado?

10:30 - 11:30
8a dimensão - Quando foi que “compaixão” precisou ser especificada?

Convidados

 

Nos últimos anos, o termo “compaixão” foi proposto como uma suposta 8ª dimensão da Análise do Comportamento Aplicada. A proposta gerou adesões entusiasmadas e críticas duras — mas, talvez, o problema esteja no ponto de partida.
Essa mesa discute como a prestação de serviços baseada em ABA tem incorporado (ou não) os princípios éticos e o compromisso com o cuidado — e até que ponto isso tem sido confundido com o avanço científico da área.
Quando foi que passamos a precisar nomear “compaixão” como se ela estivesse fora da prática analítica? E o que isso diz sobre a forma como temos organizado o trabalho clínico?

13:00 - 14:00
Como estamos nos comunicando? Conflitos, desgaste institucional e os desafios da comunicação nas equipes ABA

Me. Carol Alves

e convidados

 

As rotinas clínicas exigem decisões rápidas, articulação com diferentes profissionais e diálogo constante com famílias. Nesse cenário, falhas de comunicação são uma das principais causas de conflitos, retrabalho e desgaste institucional. Essa mesa propõe uma discussão sobre os padrões de comunicação mais recorrentes nas equipes de atendimento e coordenação. Quais estratégias interpessoais podem ajudar a evitar atritos desnecessários? O que fazer quando o conflito já se instalou? É possível alinhar expectativas, distribuir responsabilidades e resolver problemas com mais clareza — e menos ruído?

14:00 - 16:00
Da linha de frente à liderança: o que sustenta a progressão de carreira na prática clínica?


Dra. Helena Meletti (BCBA)

e convidados


O crescimento dos serviços em ABA tem levado muitos profissionais a assumir funções para as quais não foram preparados — sem clareza de critérios, tempo de experiência ou formação técnica. Nesta mesa, será apresentado um modelo com critérios claros, divisão de responsabilidades e tempo mínimo para progressão. A proposta é discutir como uma organização responsável pode evitar situações de assédio institucional, exploração e descontinuidade — e ajudar novos analistas do comportamento a reconhecer onde vale a pena construir sua trajetória. 

A ABA que conhecemos está morrendo? 

Uma conversa sobre o passado e o futuro da nossa prática clínica

 

Há alguns anos, entramos com força no campo da saúde com uma promessa simples, mas ousada: aplicar ciência para transformar as vidas de pessoas com autismo. 
A ABA fez isso com sucesso. E continua fazendo.


Mas algo está acontecendo com o nosso campo. A prática que aprendemos — e ensinamos — está adoecendo. Estamos assistindo a uma onda crescente de burnout entre profissionais que já não conseguem sustentar o cuidado sem se ferir no processo. E não estamos falando só dos profissionais: estamos falando do próprio modelo.

 

A ABA está hiperprotocolarizada.
Está burocratizada.
Está sendo vendida como fórmula.

 

No campo de atuação com pessoas neurodivergentes, um contexto que exige sensibilidade clínica, articulação com famílias, suporte a equipes numerosas  e decisões éticas diariamente, há conflitos enormes acontecendo. E, enquanto isso, nossa prática se fragmenta entre o tecnicismo e o esgotamento emocional.
 A gente sente isso na pele. Nos atendimentos. Nas trocas de supervisão. Nos pedidos de socorro calados. No turnover constante de ATs, coordenadores, supervisores — todos buscando formas de continuar sem se perder pelo caminho.


Vivemos o boom dos cursos, das certificações, da inflação salarial e da pressão por produtividade. E vivemos o burnout — não como um risco distante, mas como uma realidade extremamente presente. 


Além disso, estamos nos descobrindo — cada vez mais — uma comunidade de profissionais também diversos.
Diversos nas histórias, repertórios e vivências — inclusive neurodiversas.


Estamos espalhados por todas as regiões do Brasil, atuando em contextos profundamente distintos.


Viajamos, formamos equipes do zero, sustentamos atendimentos em realidades desafiadoras, cada um dentro das possibilidades e limites de seu território.
Com tantos obstáculos, que tal tentarmos ser pontes, ao menos durante um dia?

 

Pontes para novas discussões e ideias.

Pontes para modelos de atuação mais saudáveis, éticos e sustentáveis.
Pontes para o diálogo entre diferentes perspectivas, territórios e experiências.
Pontes para a formação de novos analistas do comportamento que pensem, que sustentem, que cuidem. Que se cuidem!
Pontes para uma prática mais crítica, mais madura, mais conectada com as complexidades do nosso tempo.

 

Essa travessia faz sentido pra você?, Então é com você que a gente quer caminhar.

 

Palestrantes

Ana Carolina Alves 

Psicóloga formada pela UNESP/Bauru e mestre em Psicologia Experimental – Análise do Comportamento pela PUC/SP. Com 15 anos de experiência como terapeuta, pesquisadora e educadora, atua com base na Análise do Comportamento.

 

Nos últimos 10 anos, tem se dedicado ao trabalho com pessoas neurodivergentes, especialmente com TEA. É Diretora Clínica da Entremeio Intervenção Comportamental e docente em instituições como Instituto Par, Inclusão Eficiente e Instituto Continuum.

Carolina
Vieira

Possui graduação em Psicologia pela Universidade Estadual Paulista - Júlio de Mesquita Filho (2003), Mestrado em Psicologia pela Universidade Federal de Santa Catarina (2006) e Doutorado em Psicologia Experimental pela USP/SP (2011).

Fez parte da equipe do Grupo Gradual de Intervenção Comportamental até 2015 e desde 2016 é diretora do Grupo ABA fora da mesinha Clínica de Psicologia Comportamental.

Helena
Meletti

Helena Duran Meletti é Board Certified Behavior Analyst (BCBA), psicóloga formada pela PUC-SP, mestre e doutora em Psicologia Experimental: Análise do Comportamento pela mesma instituição. Possui especialização em Análise do Comportamento Aplicada (ABA) para o Transtorno do Espectro do Autismo (TEA) e formação em Organizational Behavior Management (OBM).

Atua como Diretora Clínica na Entremeio Intervenção Comportamental focada no atendimento de indivíduos neurodivergentes em São Paulo, Vale do Paraíba, Maceió e outros polos no Brasil. Além disso, é coordenadora da pós-graduação em Análise do Comportamento Aplicada ao TEA e Desenvolvimento Atípico, organizada pelo Instituto Continuum e Diade Lab.

Mateus Brasileiro

Primeiro coordenador e criador do projeto da pós! Possui graduação em Psicologia pela Universidade Estadual do Piauí (2005), Mestrado e Doutorado em Psicologia Experimental: Análise do Comportamento pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (2008 e 2013). Tem experiência na área de Psicologia, com ênfase em Análise do Comportamento e Psicologia Experimental. Psicólogo clínico, com ênfase no trabalho com crianças e adolescentes. Professor e supervisor do Núcleo CEFAPP de Recife e do Grupo Mores.

Marilu
Borba

Formada em Psicologia pela Universidade Federal do Pará UFPA (2007), possui mestrado (2009) e doutorado (2014) pelo Programa de Pós-graduação em Teoria e Pesquisa do Comportamento - UFPA, e pós-doutorado pela University of North Texas (2018 2020). É Analista do Comportamento certificada pelo BACB (Behavior Analyst Certification Board, Inc.). Já atuou nas áreas de Psicologia Hospitalar e Psicologia Escolar e Psicologia Clínica.

 

Tem experiência em Análise Aplicada do Comportamento ao desenvolvimento infantil e educação, com ênfase no atendimento de Transtorno do Espectro Autista. É fundadora e diretora da Iluminar. 

Eu sou uma imagem

Um oferecimento da Pós-Graduação em Análise do Comportamento Aplicada ao Autismo (TEA) do Instituto Continuum

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